O Internacional foi o maior prejudicado já que quando do ato da anulação dos jogos, era o líder isolado do campeonato e, sem nem ao menos ter se transcorrido uma rodada, passou de cabeça da tabela à terceiro colocado. Tal fato ocasionaria um grande choque na espetacular campanha que a equipe fazia até então e jamais o Interconseguiu recuperar a liderança conquistada no campo e tirada nos tribunais.
Lesados e beneficiados, respectivamente Inter, vice-líder, e o Corinthians, líder, se enfrentaram na ante-penúltima rodada do campeonato. E em mais um lance polêmico, onde a equipe paulista fora claramente beneficiada, o Inter teve um pênalti claro em cima do jogador Tinga não marcado, que ainda foi expulso, vítima da arbitrariedade do árbitro Márcio Rezende de Freitas, que na ocasião, se aposentava.
Em resumo, os onze jogos foram anulados e realizados novamente, sendo que, na realização dos novos jogos, o Corinthians (que havia sido derrotado nos clássicos contra Santos e São Paulo apitados pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho) ganhou quatro dos seis pontos que havia perdido quando da realização das primeiras partidas.
O Internacional jogou novamente e ganhou o jogo que já havia ganho.
Ao final do campeonato, a análise de ganhos e benefícios entre as equipes devido à maior série de escandalos de manipulação de jogos e, consequentemente de campeonato, que se tinha notícia no futebol brasileiro, expôs sua polêmica: O Inter terminou o campeonato três pontos atrás do campeão Corinthians. Entretanto, com a ausencia da anulação dos jogos, o Inter terminaria o campeonato como líder isolado, e então, campeão. A dúvida que restou daquele ano era de que se tivesse havido um apuramento mais detalhado e coerente dos jogos que realmente foram manipulados em placar pela máfia da arbitragem, teria-se a mesma configuração final da tabela ou não.
O Inter e sua direção tinham certeza que o resultado seria diferente. Tanto é que pouco antes de o campaonato ter seu término e mesmo após o encerramento do campeonato, a direção da equipe gaúcha principiou recorrer à justiça comum em protesto ao leso obtido pela anulação arbitrária dos jogos e mesmo pela negligência do tribunal esportivo em ouvir as queixas apresentadas pelo clube. O STJD, por meio da CBF, respondeu imediatamente a essa atitude do Inter, ameçando o rebaixar de divisão e eliminando a sua vaga obtida para a Copa Libertadores da América 2006 se recorresse à Justiça Comum. Tal pressão e imposição obrigou então o clube a recuar.
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